RESENHA: Piano Mecânico


★★★★

Primeiro romance da carreira de Kurt Vonnegut, autor norte-americano natural de Indianápolis, publicado originalmente através da editora Charles Scribner's Sons em 1952. Em 1973 chegou ao Brasil com o título de "Revolução do Futuro", mas recebeu uma nova edição junto com o título de "Piano Mecânico", próximo ao original "Player Piano". 


A edição mais recente, publicada através da editora Intrínseca, conta com 496 páginas e tradução de Daniel Pellizzari. É possível encontrar o exemplar nos formatos físico e digital (eBook) em sites de compra pela internet, considerando que até a data dessa postagem o livro está indisponível no site da editora. 


Com um texto fluido e de fácil leitura, Vonnegut explora os mecanismos da sociedade distópica para controlar a população e impedir que crises voltem a acontecer. 


Em um mundo governado por gerentes e engenheiros conhecemos Paul Proteus, uma figura influente com a vida perfeita. Engenheiro formado e gerente das empresas Ilium ele vê a vida que conhecia entrar em colapso após a visita de um antigo amigo. 


A partir daí questões surgem sobre a forma como a comunidade em que ele vive funciona, e de repente todas as discrepâncias entre o seu mundo de fantasias e a realidade tomam conta de sua mente. 


Ele passa a viver uma batalha interna, até que finalmente encontra a sua paz, quando entende o que precisa fazer para mudar as coisas. 


É um livro interessante e bastante atual. Gosto muito de histórias assim, ficções que retratam a nossa realidade sempre me chamaram a atenção e no começo do livro algumas partes me fizeram lembrar de Admirável Mundo Novo, e as semelhanças com 1984 (obra de George Orwell que inspirou Vonnegut) também são bem presentes na necessidade de "manter tudo como está", ou manter o controle nas "mãos certas". 


Foi uma leitura rápida, que eu gostei bastante, mas não dou 5 estrelas porque não estou muito nessa "vibe". Apesar de adorar críticas sobre a sociedade de merda que a gente vive, livros com mortes, sangue e traições, misturadas com muita fantasia e ficção científica me impressionam muito mais.

Comentários

  1. Nada como uma boa distopia para manter o cérebro acordado, fico no aguardo de uma resenha sobre "Eu não tenho boca, mas preciso gritar"

    ResponderExcluir
  2. muito bom, vou pegar como indicação x)

    ResponderExcluir

Postar um comentário